Monumento Votivo Militar Brasileiro –Pistoia – Toscana e o Sacrifício brasileiro para a libertação da Itália

Na ordem do dia do comandante do Exército Brasileiro, Gen Ex Marco Antônio Freire Gomes, foram citados os bravos marinheiros, mercantes ou de guerra, que escoltaram os comboios, que levaram os pracinhas é que protegeram nosso tráfego mercante nos mares e oceanos.

 

Autoridades confirmadas -250815 Abr 22

Embaixador do Brasil na Itália, em Malta e em San Marino, Hélio Ramos

Cmt MB, Almirante Garnier

Cmt FAB Tenente-Brigadeiro Batista Júnior

GenEx R1 Sérgio Etchgoyen

Prefetto de Pistoia Gerlando Iorio

Sindaco de Pistoia Alessandro Tomasi

Sequência da Cerimônia: Recepção das autoridades -Hasteamento da Bandeira Nacional BRA – Hino da Itália – Hino Brasileiro – Deposição da Coroa de Flores no Túmulo do Soldado Desconhecido – Discursos – Assinatura do Livro de Honra do MVMB – Final da Cerimônia

Palavras do Comandante da Força Terrestre, Gen Ex Marco Antônio Freire Gomes

Excelentíssimo Senhor Embaixador do Brasil na Itália, em Malta e em San Marino, Embaixador Hélio Ramos;

AlmirantedeEsquadra Almir Garnier Santos, Comandante da Marinha do Brasil;

Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, Comandante da Força Aérea Brasileira;

Embaixador Hadil da Rocha Vianna, Cônsul-Geral do Brasil em Milão;

Embaixador Luiz Cesar Grasser, Cônsul-Geral do Brasil em Roma;

General de Exército André Luis Novaes Miranda; Chefe do Departamento de Cultura e Educação do Exército;

General de Exército Sérgio Westphalen Etchegoyen;

Senadora Barbara Masini; e

Doutor Alessandro Tomasi, Prefeito de Pistoia, personalidade em nome da qual cumprimento todas as demais autoridades civis e militares presentes;

Senhoras e Senhores, bom dia!

A Força Expedicionária Brasileira (FEB), composta por mais de vinte e cinco mil soldados, atravessou o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo para combater o nazifascismo e, dessa forma, colaborar para a libertação da Itália. Para a Nação Brasileira, esse esforço foi desejado e necessário, em função das agressões sofridas e dos altos valores em jogo para a Humanidade. Essa aguerrida Divisão enfrentou os riscos da travessia marítima, sob a competente escolta da Marinha do Brasil, e entrou em combate nos céus e nos campos italianos, mais precisamente no Vale do Rio Serchio, nas montanhas dos Apeninos e no Vale do Rio Pó. Os militares brasileiros percorreram, em 239 (duzentos e trinta e nove) dias, mais de 400 km (quatrocentos quilômetros).  Contribuíram para a libertação de mais de 50 (cinquenta) vilas e cidades e aprisionaram, aproximadamente, vinte e cinco mil soldados inimigos, além de terem apreendido farto material bélico.

 Apesar das glórias obtidas nessas árduas jornadas de combate, alguns dos nossos soldados não puderam rever a terra natal. Desde o desembarque da FEB no porto de Nápoles até o seu regresso para o Brasil, 465 (quatrocentos e sessenta e cinco) brasileiros pereceram e foram sepultados em solo italiano.

Para que esses bravos tivessem um local de repouso eterno, foi criado, em dezembro de 1944, o Cemitério Militar Brasileiro de Pistoia, devido à necessidade de conferir maior agilidade aos processos de transporte, identificação e liberação dos corpos, aos ritos fúnebres e à pesarosa tarefa da notificação oficial aos familiares no Brasil.

Assim, em 2 de dezembro de 1944, o comando da FEB decidiu instalar o cemitério militar nas cercanias deste município, local que já abrigava o Posto de Comando Recuado da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (DIE) e o 16° Hospital de Evacuação (norte-americano), onde funcionava a enfermaria febiana. Além disso, parte da cadeia logística das tropas brasileiras tinha como base esta cidade na região da Toscana, o que favoreceu a escolha deste local pelo General Mascarenhas de Moraes, o Comandante da FEB. Dessa forma, neste campo sagrado, foram reunidos os tombados em combate da FEB e do 1º Grupo de Aviação de Caça da FAB, sem nos esquecer dos cerca de 1500 (mil e quinhentos) brasileiros que pereceram no mar, escoltando os comboios e protegendo os suprimentos vitais ao esforço de guerra.

Em 1960, os restos mortais foram transladados para o Mausoléu do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, localizado no Aterro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro. Posteriormente, em 1966, foi erigido, aqui neste local, o Monumento Votivo Militar Brasileiro e instituído o Túmulo do Soldado Desconhecido já que, neste santuário, ainda repousa um soldado brasileiro que não foi identificado, encontrado nos arredores de Montese.

Ao deixarem a Pátria distante para lutar na Europa, os “pracinhas” brasileiros entoavam a Canção do Expedicionário em oração: “por mais terras que eu percorra, não permita Deus que eu morra sem que volte para lá; sem que eu leve por divisa esse “V” que simboliza a vitória que virá”. No dia de hoje, rememoramos e rendemos nossas homenagens àqueles que, em defesa da paz e da liberdade, verteram generosamente seu sangue. Celebramos a memória daqueles que não voltaram ao solo pátrio, que não puderam mais abraçar seus entes queridos e que não concretizaram seus sonhos juvenis.

Após muita luta e muitos sacrifícios, a vitória foi conquistada, ao lado dos combatentes aliados e dos valorosos partigiani italianos. Prestamos, portanto, nosso preito de respeito e de reconhecimento, venerando a memória daqueles que doaram suas vidas a serviço do Brasil e do mundo democrático, legando para as gerações futuras um inestimável exemplo de honra, abnegação e glória.

Em nome do Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos – Comandante da Marinha; do meu próprio, General de Exército Marco Antônio Freire Gomes – Comandante do Exército; e do Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior – Comandante da Aeronáutica, os nossos agradecimentos!

Abbiamo vinto insieme!

(Juntos vencemos!)

Siamo eternamente grati al popolo italiano!

(Somos eternamente gratos ao povo italiano!)

Neste texto o ilustre Gen Ex Freire Gomes, atestou que “A Força Expedicionária Brasileira (FEB), composta por mais de vinte e cinco mil soldados, atravessou o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo para combater o nazifascismo e, dessa forma, colaborar para a libertação da Itália. Para a Nação Brasileira, esse esforço foi desejado e necessário, em função das agressões sofridas e dos altos valores em jogo para a Humanidade. Essa aguerrida Divisão enfrentou os riscos da travessia marítima, sob a competente escolta da Marinha do Brasil”.

No artigo história da Marinha do Brasil é informado que “ 2ª Guerra Mundial encontrou a Marinha em situação material bastante precária, devido ao abandono a que fora relegada pelos governos. Assim, quando o submarino alemão U-507, na noite de 21 para 22 de agosto de 1942, nas costas de Sergipe, afundou cinco mercantes, com a perda de 607 passageiros, tínhamos muito pouco com que enfrentar o inimigo que ameaçava nossas linhas de navegação. Mas, com enorme esforço e com o auxílio norte-americano, em pouco tempo, dispúnhamos de uma frota anti-submarinos bem equipada e aguerrida”.

“Nossa principal tarefa foi a de garantir a proteção dos comboios que trafegavam entre Trinidad, no Caribe, e Florianópolis, em nosso litoral sul. Foram eles 574, formados por 3.164 mercantes, dos quais, apenas três foram afundados. E não porque não houvesse submarinos. Dezesseis deles foram destruídos no Atlântico Sul, muitos por aviões, depois de avariados por ataques de unidades de superfície. Documentos alemães confirmam que realizamos 66 ataques contra seus submarinos”.

“Coube, ainda, à Marinha, a escolta do transporte da FEB até Gibraltar e o patrulhamento oceânico contra os furadores de bloqueio, navios que traziam mercadorias do Oriente para a Alemanha”.

Considerada a obra de maior referência e acuidade histórica sobre o tema, “A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial”, do almirante Arthur Oscar Saldanha da Gama (que recebeu treinamento nos EUA e comandou, durante a guerra, um caça‑submarino em operações de escolta de comboio), traz dados importantes sobre a participação da Marinha do Brasil nos esforços aliados de guerra e faz, igualmente, menção ao apoio prestado à FEB:

Uma das missões mais honrosas para a Marinha, executadas durante a guerra, foi a de comboiar os navios que transportavam para os campos europeus a Força Expedicionária Brasileira. Durante a campanha, a Marinha sempre deu completa e efetiva proteção aos navios mercantes a serviço do Exército. A ocupação e, depois, a manutenção dos materiais e suprimentos da tropa estacionada em Fernando de Noronha foram executadas graças ao esforço da Marinha em escoltar os comboios destinados àquele arquipélago.

A Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra do Ceará, atesta que hoje, sob a segurança liderança do Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos bem equipada, no que tange à qualidade, a Marinha desempenha o papel reservado do Poder Naval em tempo de paz, funcionando como elemento dissuasor ao estabelecer um custo elevado a eventuais opções militares de adversários em potencial, respaldando a ação política do governo no campo das relações internacionais e mantendo-se atualizada, pronta a se expandir quando necessário.

COR UNUM ET ANIMA UNA PRO BRASILIA – CONHECER O BRASIL PARA MELHOR SER

 

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