Comandante da Aeronáutica Tenente-Brigadeiro Baptista Junior, Ex-Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista e Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Em 2014 o Delegado Adjunto Executivo da ADESGCE, Vianney Junior redigiu um artigo ao então Major Brigadeiro do Ar, Carlos de Almeida Baptista Júnior salientando que “Melhor Pequena Força Aérea é feita de Grandes Profissionais”.
Vianney Junior fez referência ao artigo que circulou o mundo, referindo-se à FAB como a “melhor pequena força aérea, sobre a qual você mal tinha ciência” de quão eficaz é. Se pequena, comparada às dos pares BRIC, agiganta-se pela determinação e criatividade de seus membros.
Ao ler o artigo de seu colega David Axe, de pronto veio à sua mente o capítulo mais marcante da história da aviação militar, e certamente um dos mais relevantes dentre os dos conflitos da humanidade, a Batalha da Inglaterra. Para além da fé no ideal da justiça e da liberdade, resumido no “nunca… tantos deveram tanto a tão poucos”, eternizado pelo discurso de Churchill, uma doutrina criativa baseada nos recursos tecnológicos inovadores foi capaz de multiplicar aqueles “poucos”.
Eis o elo que fez ligar a “davídica” RAF da Segunda Grande Guerra, à estrutura aeronáutica militar brasileira analisada no artigo. “Uma estrutura única, que combina sistemas de vigilância e comunicação sofisticados, com aviões da década de 70”, nas palavras de David.
E como foi possível à FAB, com tantas restrições de recursos, galgar uma reconhecida eficiência? A resposta está na combinação de capital humano e tecnologia, assim como o foi em 1940. Durante os ataques alemães, a criatividade foi a chave para redefinir a estrutura da Real Força Aérea da Grã-Bretanha, e valendo-se das inovações tecnológicas ao alcance, utilizou o radar como base de doutrinas operacionais mais eficazes. Assim, reduzindo a necessidade de massivas patrulhas de combate, passou a otimizar os poucos efetivos direcionando-os de forma certeira para os alvos que representavam ameaça ao território inglês.
Setenta e quatro anos depois, a formula ainda funciona. Com elevadas doses de criatividade, os profissionais que fazem a FAB têm driblado (afinal, o país é o do futebol) adversidades, e conquistado notórios resultados. Sob o longevo comando do Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, (o mais extenso, desde o extinto Ministério da Aeronáutica até hoje) a Força Aérea Brasileira tem dado passos largos na modernização. A inspiração de sua paciência nipônica foi providencial, em meio a governos tão insensíveis com as questões de Defesa. O tão esperado capítulo final da “novela” F-X, tem em Saito e sua sabedoria nipônica, protagonismo decisivo.
É igualmente justo verificar, que o reconhecimento do elevado profissionalismo alcançado pela FAB, tem em sua base a dedicação e comprometimento dos homens e mulheres que compõem esta “pequena” grande Força. A capacidade de transformar as limitações em bons resultados, com uma alta disponibilidade dos equipamentos, e elevado adestramento das equipagens, reflete não só a liderança que os guia, mas a crença pessoal no cumprimento da missão.
Novos desafios se aproximam, e mais uma vez demandarão a criatividade para adaptação às inovações tecnológicas. No nível de esquadrão, a avizinhada entrada em serviço de aeronaves multiemprego redesenharão em muito a rotina de trabalho, desde o planejamento da missão, ao cumprimento das ordens técnicas de serviços de manutenção. A “melhor pequena força aérea” poderá tornar-se ainda melhor!
Comemorando mais este reconhecimento internacional, pelo que nossas análises técnicas e trabalhos jornalísticos tenham colaborado da forma mais humilde, servindo de subsídio de informação para veículos mundo afora, cumprimento a todos os que ostentam o Gládio Alado. E como forma de homenagear a todos os militares da FAB, tomei por seu representante um amigo, o Major-Brigadeiro do Ar Carlos Baptista Júnior, na ocasião em que deixa o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro, e assume a Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico. Não o elegi pela amizade (tetéu que sou – os que me conhecem o confirmarão), mas sim, pela inegável contribuição para este reconhecimento internacional. Nos capítulos recentes da FAB, em formação cerrada com o Comandante Saito, o Brigadeiro Baptista Júnior teve seu nome à frente da fase de conclusão (revisões das ofertas e/ou promessas dos concorrentes) do relatório da Força Aérea, que abalizou a decisão presidencial no F-X2, enquanto no comando da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate.
Ainda na direção da COPAC, celebrou o Contrato de Suporte Logístico (CLS) das aeronaves e motores do H-X BR (projeto que propiciou ao Brasil a transferência de tecnologia para fabricação em território nacional de parte dos modernos helicópteros de médio porte de emprego geral EC-725), que tem amparado a operação dos novos helicópteros recém-adquiridos conjuntamente pelas três Forças pelos primeiros cinco anos.
Também sob sua presidência na comissão, avançaram os trabalhos de modernização dos caças F-5, das aeronaves de ataque ao solo A-1, e das plataformas de vigilância (Alerta Aéreo Antecipado e Controle) E-99, versão militar especializada de jatos Embraer 145. A modernização das aeronaves P-3A para o padrão P-3BR destinadas a executar as missões de Antissubmarino, Patrulha Marítima, Reconhecimento Aéreo, Ataque, Controle Aéreo Avançado e Busca e Resgate, avançou sob suas mãos.
Se a partir de plataforma aéreas, o A-Darter, o MAA-1B, e o MAR-1 foram alguns dos mísseis cujos projetos estiveram aos seus cuidados, o projeto AAE buscou e avaliou soluções de defesa antiaérea.
Foram traçados os rumos do projeto KC-X2, para aquisição de aeronaves pesadas de carga e reabastecimento estratégico em voo, e apoio logístico inicial. Já o KC-390, cujo voo de seu protótipo está previsto ainda para este ano, teve sob a sua presidência na COPAC a conquista de etapas decisivas.
No Comando da Defesa Aeroespacial Brasileira foi mais uma vez inovador. Sua assinatura está lá, para sempre grafada nas modernas estruturas e na otimização de rotinas, que como exemplo, tiveram na JMJ e na Copa das Confederações, em 2013, demonstração da operacionalidade e prontidão, utilizando-se inclusive dos VANT, cujo projeto já havia tocado na COPAC com o objetivo de dotar a FAB de um Sistema de Veículos Aéreos Não Tripulados.
Sob o comando de Baptista Júnior foram assinados os trabalhos de desenvolvimento do Link BR-2, tecnologia que vai permitir aos aviões trocarem dados entre si em pleno voo. “O sistema de data link é um multiplicador de força para qualquer Força Aérea”, como sempre defendeu o Brigadeiro, e representará o ápice desta capacidade operacional otimizada, e ponto chave da eficiência da FAB.
A projeção da atuante carreira do Major-Brigadeiro-do-Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior rompe a grandeza dos projetos que dirigiu. Sua liderança autêntica, ao mesmo tempo conciliadora e combatente, foi percebida para além caserna, e em muito contribuiu para uma imagem das mais positivas da instituição que representa.
Ao profissional Baptista Júnior, o aplauso; que é igualmente merecido e estendido aos seus pares, oficiais e praças, homens e mulheres que trilham o mesmo ideal.
Ao amigo Baptista Júnior, o abraço; e os votos de continuação do sucesso alcançado, no novo comando.
A ambos, a torcida e o apoio para que a Força Aérea Brasileira seja sempre a “MELHOR”.
A Delegacia da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra no Estado do Ceará na terra do Marechal do Ar Casimiro Montenegro, expõe que Vianney Junior empregou os Cenários Exploratórios decorre da necessidade de especular sobre o futuro incerto. Partindo do presente, investigam-se diferentes caminhos e imagens de futuro, reveladas ao final de um dado período.
A construção de cenários é uma técnica empregada para elaborar, de maneira tão objetiva quanto possível, imagens do futuro compostas por múltiplas variáveis, cujo comportamento pode ser total ou parcialmente desconhecido. Tal construção corresponde a uma simulação do futuro, como parte de processos de planejamento complexos.
Em 2014 na conjuntura da época Vianney Junior, ao analisar a Etapa de Construção de Cenários pelos seguintes estágios: Fatos Portadores de Futuro e Eventos Futuros; Cenários Extremos ou Cenários Probabilísticos; Cenário Mais Provável; e Análise de Riscos do Cenário Mais Provável, avaliou a imagem da realidade futura, a partir de uma adequada interpretação da história e da realidade atual, seguida pela elaboração dos prognósticos para o futuro.
Tenente-Brigadeiro Baptista Junior
Natural de Fortaleza (CE), o Tenente-Brigadeiro Baptista Junior ingressou na Força Aérea Brasileira em 03 de março de 1975 e foi promovido ao atual posto em 31 de março 2018. O Oficial-General estava à frente do Comandante do Comando-Geral de Apoio (COMGAP) e comentou sobre as expectativas do seu Comando. “Vamos dar continuidade ao que vinha sendo feito. Alguns ajustes das minhas prioridades, logicamente, podem ser diferentes, mas a linha básica é a proa que estamos andando nesses últimos 80 anos”, disse.
O novo Comandante é filho do Ex-Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista, que esteve à frente da Instituição no período de 1999 a 2003. O Oficial-General da reserva não escondeu a felicidade em ver que o filho seguiu seus passos. “É o momento mais significativo da minha vida. A gente vive pela família e quando eu vejo um descendente direto meu, depois de ter passado por tantas posições que eu passei, vê-lo agora assumindo a mais relevante posição na carreira, meu peito se enche de orgulho”, declarou.
Cenário positivo comandante Vianney Junior!
Fonte: Vianney Junior. A Melhor Pequena Força Aérea é feita de Grandes Profissionais.
Força Aérea Brasileira tem novo Comandante. https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/37173/PASSAGEM%20DE%20COMANDO%20-%20For%C3%A7a%20A%C3%A9rea%20Brasileira%20tem%20novo%20Comandante
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