Recebemos do ilustre Major Brigadeiro R1 Nilson Soilet Carminati um destacado vídeo atinente ao dia da Aviação de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira (FAB).
A Força Aérea Brasileira (FAB) celebra, nesta quinta-feira (03/02), o dia da Aviação de Asas Rotativas. A data relembra o feito ocorrido em 03 de fevereiro de 1964, quando foi realizado o primeiro resgate em combate pela FAB.
A comemoração desse dia pretende enaltecer os feitos heroicos dos então 1º Ten Av Ércio Braga, 1º Ten Av Milton Naranjo, 3º Sgt João Martins Capela Junior e 3º Sgt Wilibaldo Moreira Santos.
Eles cumpriam uma missão de paz pela Organização das Nações Unidas (ONU) na República do Congo, e utilizando o helicóptero H-19 resgataram tripulantes e missionários prestes a serem capturados por rebeldes fortemente armados.
Como era o trabalho da FAB no Congo.
A história do Congo é marcada por mais de vinte anos de guerra civil e disputa pelo poder entre milícias. Os missionários estavam espalhados em vilas no interior do país assolado pela Guerra Civil. Nos locais, eles ensinavam inglês e matemática para as crianças congolesas. Muitos destes religiosos foram mortos ou conseguiram fugir com a ajuda dos próprios moradores ou dos militares a serviço da ONU.
“O comandante decolava primeiro em um avião. Quando era dado o sinal, os helicópteros chegavam de assalto e pousavam no local escolhido. Às vezes pousávamos e já não havia ninguém. Não dava tempo para esperar os missionários chegarem ou então eles já tinham ido embora”, explicou o agora Brigadeiro do Ar Ércio Braga.
Os dias de missão foram intensos. Os pilotos realizavam dois a três resgates por dia. Os voos eram visuais, à baixa altura, com o suporte da carta de navegação. A vegetação pouco densa, com árvores de até 20 metros de altura, facilitava a busca dos missionários e de suas famílias, mas deixava os helicópteros vulneráveis aos ataques das tribos da região.
Os nossos militares foram responsáveis pelo salvamento de mais de 100 missionários. O Brigadeiro Braga foi condecorado como herói de guerra pela ONU e homenageado pelo presidente dos Estados Unidos.
“Receber estas homenagens foi a minha consagração como piloto de helicóptero na missão da ONU”, afirmou Braga.
A pane no helicóptero H-19 e o resgate dos tripulantes e missionários
Naquele dia o então Tenente Aviador Ércio Braga voltava de mais uma missão de resgate de missionários e freiras, quando houve um problema mecânico com o helicóptero H-19 em pleno voo, na região de Katanga, no Sul do Congo.
O pouso forçado ocorreu em um local vulnerável, composto de árvores esparsas e de baixa altura. Em um dos outros helicópteros da Organização das Nações Unidas (ONU) estava o Tenente Aviador Milton Naranjo, que pousou em meio a tiros das tribos rebeldes para realizar o resgate. No final, todos voltaram em segurança, e a ação marcou o Dia da Aviação de Asas Rotativas na FAB.
“No dia resgatamos quatro freiras congolesas de uma vila em Katanga. Na volta, eu vi que vazou o óleo hidráulico e o motor ia parar. Antes que isso pudesse acontecer, eu pousei em um campo aberto. Os rebeldes vinham se aproximando e atiravam. Nós tivemos de abandonar o helicóptero, mas, antes, conseguimos retirar o combustível. Se o helicóptero explodisse, pessoas poderiam morrer”, conta Ércio Braga.
Em meio à tensão do resgate, os Sargentos João Martins Capela Junior e Wilibaldo Santos, de arma em punho, davam cobertura à tripulação e aos resgatados. A poeira levantada com a aterrissagem castigava a visão dos militares, mas a garra e a vontade de que tudo desse certo foi maior. Todos saíram ilesos.
Dia da Aviação de Asas Rotativas da FAB
Essa missão real de Busca e Salvamento em Combate cunhou esta data como o Dia da Aviação de Asas Rotativas da FAB, por seu legado de bravura, desprendimento e espírito guerreiro, marcas indeléveis dessa Aviação.
Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra no Estado do Ceará homenageia o dia da Aviação de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira (FAB) com as palavras do Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida BAPTISTA JUNIOR, comandante da Força Aérea Brasileira: “Significa reconhecer o valor que ela enseja, revivendo os feitos dos brasileiros que, com civismo e amor à profissão, devotaram suas vidas em prol do bem comum. São homens e mulheres abnegados, verdadeiros guardiões do interesse coletivo, que entraram para a história pelo brilhante e profícuo trabalho, a fim de resguardar o bem e a grandeza do futuro desse País”.
Fonte: https://www.pilotopolicial.com.br/
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