Conjuntura no Leste Europeu e a importância do Brasil em aplicar urgente a transição energética como planejamento de estado.

Estudando a Cratologia (Estudo do Poder), na Escola Superior de Guerra, define-se que o Poder Nacional é a capacidade que tem o conjunto de Homens e Meios que constituem a Nação para alcançar e manter os Objetivos Nacionais, em conformidade com a Vontade Nacional.

Segundo a Escola Superior de Guerra, “racionalizar essa ação política é, pois, em última análise, aproveitar, no limite das condições o uso de meios para atingir determinados fins. O que se quer racionalizar é a destinação e o emprego do Poder Nacional para a conquista e a manutenção dos Objetivos Nacionais, buscando, além disso, aliar o máximo de eficácia ao mais alto nível ético, tanto na identificação e no estabelecimento dos objetivos quanto na sua conquista e manutenção”.

A partir dos anos de 1960, o Brasil passou a acelerar uma estrutura de modernização dos referenciais econômicos do território brasileiro, aproximando as condições nacionais dos parâmetros competitivos internacionais de então.

Introduziram novas tecnologias de comunicação e informação, notadamente por meio de satélites e de sistemas eletromagnéticos de comunicação a distância. Elaborou-se toda uma moderna infraestrutura rodoviária, capaz de tornar mais ágil e flexível o contato entre as várias partes do território, assim como fortaleceu a indústria automobilística e diversificou o parque industrial brasileiro.

Delgado de Carvalho, o intelectual e teórico das mudanças, percebia a importância de instâncias com o Estado, tão valorizado pelos geógrafos alemães, como componentes jurídico e geopolítico intrínsecos às abordagens geográficas do território, tanto que não descartou em suas obras as discussões “deterministas” e o necessário vínculo do conhecimento geográfico para com o Estado. Os aspectos semelhantes entre o atraso econômico, a desorganização político-administrativa, o isolamento das várias porções do território, a ausência de um “espírito nacional” capaz de motivar os indivíduos à luta e defesa de um ideal de desenvolvimento e crescimento do País/Estado: estes eram fatores que Delgado identificava como comuns entre a Alemanha do início do Século XIX e o Brasil do início do Século XX.

O Estado alemão buscou estabelecer as condições propícias ao desenvolvimento capitalista em seu território, através da consolidação da identidade nacional. O papel de instituições como o Exército, a Universidade, a Escola, a Ciência, entre outras, foi o de servir diretamente as diretrizes colocadas pelo Estado. Esta via prussiana era considerada por Delgado como o caminho mais lógico para solucionar os problemas vivenciados pelo Brasil.

Carlos Miguel Delgado de Carvalho este cientista e geopolítico advertia: o Território Nacional é pensado à luz da história de sua ocupação, seus recursos econômicos e três questões recorrentes na análise geopolítica: transportes, fronteiras e posição. Atravessando essas partes relativamente autônomas, transparece a preocupação do autor de, ao final de cada assunto, extrair “conclusões militares” sobre a situação do Brasil ante a cada um dos vizinhos, ou mesmo diante de uma eventual coligação de países “inimigos”.

Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra no Estado do Ceará, avaliou o potencial de “projeção geopolítica” de nossa nação continental, estimando-o a partir de um inventário minucioso de dados geográficos, históricos, demográficos, econômicos, políticos e militares a partir de estudos dos pesquisadores e geopolíticos, Carlos Miguel Delgado de Carvalho, Therenzinha de Castro e José Walter Bautista Vidal.

Conceito

Transição energética é um conceito que se aplica às mudanças estruturais nas matrizes energéticas a longo e curto prazo. Essas mudanças decorrem de diferentes demandas históricas, passando por disponibilidade de combustíveis até necessidades ambientais de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Fato Portador de Futuro

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou na madrugada da quinta-feira (24) uma “operação militar especial” na região leste da Ucrânia.

Transição energética como planejamento de estado

Estratégia 1- Energia solar

O uso da energia solar no Brasil corresponde a 1,7% de toda a matriz energética brasileira, sendo a energia solar residencial responsável por 72,6% do montante, seguida por empresas de comércio e serviços (17,99%) e pela energia solar rural (6,25%).

Segundo o engenheiro José Walter Bautista Vidal a energia de um dia solar sobre o hemisfério da terra equivale à energia de todas as reservas de petróleo já descobertas. A quantidade de energia que o sol irradia sobre a superfície do Brasil em um dia equivale à energia produzida em 24 horas por 360 mil hidrelétricas do porte da de Itaipu (a maior do mundo). Com tanto sol, a maior reserva de água doce do planeta (22%) e território pouco ocupado, o Brasil pode produzir energia para suprir o mundo. Com sol, terra e água podemos ter alimentos e energia limpa para sempre. Não é dinheiro que move o mundo, mas sim energia. Sob este prisma vemos o Brasil com a maior reserva de água potável, a maior diversidade vegetal e a extraordinária incidência do sol.

Estratégia 2- Recolocar o álcool de forma consistente no mercado brasileiro de combustíveis urgente

Manter uma demanda significativa de álcool hidratado pode ser um bom caminho para utilizar a capacidade já instalada de produção e distribuição; requer o esforço coordenado de muitos agentes, o equacionamento de mecanismos inovadores de suporte, a adoção de novas tecnologias como os motores bicombustível e, sobretudo, o reconhecimento da soberania do consumidor. Sem o resgate de sua confiança, o álcool arrisca-se a ser lembrado como um episódio passado de nossa história energética, tal como hoje recordamos vagamente os gasogênios usados no passado em tempos de guerra.

Segundo Bautista Vidal, o principal teórico da escola da biomassa, defendendo a utilização da energia produzida pelo sol e armazenada nas plantas como fonte de energia capaz de movimentar a economia mundial. O Brasil é o maior país tropical do planeta, e a utilização de suas terras férteis abundantes em sol é capaz de fornecer autonomia energética para o país e para o mundo.

Para que isto ocorra, é preciso que seja restaurada a soberania nacional, ou seja, a capacidade de se articular nacionalmente um conjunto de estratégias de desenvolvimento, com objetivo concretos, e garantir os meios para se atingir estes objetivos.

O desenvolvimento se daria através da criação de tecnologia nacional, capaz de se utilizar dos fatores produtivos que temos de sobra: a mão de obra, as terras agriculturáveis e a energia da biomassa, proveniente do sol abundante em nosso território.

Conforme Bautista Vidal, usando o bagaço de cana e o vinhoto, podemos alimentar 80 cabeças de gado com cada uma das micro usinas que temos instaladas, com produção de 400 a 600 litros diários. Isso significa aumento da oferta de leite e carne. O dendê e o girassol geram, após a extração do óleo, um resíduo de alto valor proteico para ração animal. Na realidade, a produção de alimentos aumentará substancialmente. Se implantarmos 1 milhão de polos energéticos usando o pequeno produtor em grande quantidade, teremos 80 milhões de cabeças de gado com alimento garantido. Vai baixar o preço da carne e do leite. Quem fala de fome está equivocado, ou está usando de má-fé para prejudicar o avanço do Brasil.

Por ser baseada na agricultura, a energia da biomassa é necessariamente criadora de empregos, dinamizando assim o mercado interno. Devido à utilização de tecnologia genuinamente nacional, está livre da restrição externa inerente à importação de pacotes tecnológicos.

O estabelecimento de um modelo de desenvolvimento sustentável passa necessariamente pelo rompimento com a atual armadilha financeira, e é aqui que Bautista Vidal faz uma de suas mais preciosas contribuições: energia é lastro para qualquer moeda séria. Conforme o nobre professor da Escola Superior de Guerra, Bautista Vidal, “Biomassa é a grande fonte de energia do Brasil. Energia limpa e inesgotável o Brasil tem a oportunidade de resolver dois grandes problemas globais: acabar com a pobreza e se tornar uma potência mundial”.

Assim sendo, o Poder Nacional Atual encerra a noção de elementos existentes, prontos e disponíveis para a aplicação imediata, visando alcançar determinado fim.

Da mesma forma, o Potencial Nacional é o conjunto de Homens e Meios de que dispõe a Nação, em estado latente, passível de ser transformado em Poder; e Potencial Nacional Utilizável é a parcela do Potencial Nacional passível de ser transformada em Poder em um prazo determinado. Essa transformação é obtida por meio de medidas de mobilização.

O Poder Nacional Atual pode sofrer desgaste, vindo a ser reduzido no futuro; mas pode vir a ser maior à medida que os resultados da transformação do Potencial Nacional em Poder superem os efeitos decorrentes daquele desgaste.

Óbices na Europa

A Rússia é segunda maior produtora de gás natural do mundo e a maior empresa do país é do setor. A Gazprom extrai, transporta e vende gás natural principalmente para a Europa. Ela tem capital aberto, mas é controlada pelo governo e vale US$ 63,8 bilhões.

O Nord Stream 2 é um projeto de gasoduto de 1,2 mil km que vai do oeste da Rússia ao nordeste da Alemanha sob o mar Báltico. As obras foram concluídas em setembro passado.

Com as ações econômicas a Rússia o gasoduto pode ser lacrado temporariamente e acarretaria em custos para a Europa. O continente já está enfrentando uma crise de preços crescentes da energia, com fornecimento de gás russo abaixo do normal.

A Alemanha precisa muito do gás do gasoduto. O gás poderia aquecer 26 milhões de lares alemães e facilitar a transição do país para a energia renovável.

No Brasil com o planejamento de Estado, a transição energética fortalecerá o Poder Nacional.

A produção e consumo de energia a partir de fontes renováveis é um aspecto importante da transição energética.

Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil. Os empreendimentos em operação estão localizados em 9 estados, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Além de diversificar o suprimento de energia elétrica do país, a geração de energia sola reduz a pressão sobre os recursos hídricos.

No caso do etanol, o grande incentivador de uso ainda é o preço. Mas a transição energética deve ir além disso. Deve ser o reconhecimento de toda uma cadeia de consumo e suprimento por trás desse combustível

Na gestão de cidades, estudos estimam que a totalidade dos resíduos sólidos urbanos gerados pelo Brasil seria capaz de produzir energia elétrica capaz de atender ao correspondente a 3% do consumo.

Temos na região nordeste este Potencial Nacional de Álcool, Energia Solar e no Brasil resíduos composta de lixo orgânico, é o país com maior potencial para a produção de biogás, pois além dos de origem urbana, conta com os gerados pela agroindústria.

 

COR UNUM ET ANIMA UNA PRO BRASILIA – CONHECER O BRASIL PARA MELHOR SER

 

2 comentários em “Conjuntura no Leste Europeu e a importância do Brasil em aplicar urgente a transição energética como planejamento de estado.”

  1. Esse estudo é de conhecimento do governo?. Se positivo, já está sendo implementado?, caso negativo, fazer chegar o mais rápido possível ao Ministério de Minas e Energia.

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