A vacina cearense “HH-120-Defenser” uma significativa pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (Uece) com resposta imunológica protetora contra o novo coronavírus

Iniciada em abril de 2020, a pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (Uece) para o desenvolvimento de vacina contra a Covid-19 se prepara para a segunda fase, que consiste na realização de testes em humanos. Para isso, a instituição dará entrada em processo para aprovação pela Anvisa.

 

Na foto: O pesquisador Ney de Carvalho Almeida (à direita) propôs o uso da vacina veterinária para sua tese de doutorado em 2020. A professora Izabel Guedes, lidera o Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece, e o professor Maurício van Tilburg (ao centro), também faz parte do trabalho.

A pesquisa é desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM), liderado pela professora imunologista Izabel Florindo Guedes.

A vacina cearense em testes já tem nome: HH-120-Defenser. A primeira fase da investigação, com realização de testes em camundongos, foi concluída com sucesso, como destaca o pesquisador do LBBM/Uece e doutorando do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia (Renorbio/Uece), Ney Carvalho. “Obtivemos resultados promissores desse imunizante com camundongos. Esses resultados serão submetidos à Anvisa, com o intuito de iniciar a fase clínica, já que estávamos na fase pré-clínica, com os animais”.

A fase clínica deverá ser dividida em três etapas. Na primeira, os testes serão realizados com, aproximadamente, 100 pessoas adultas, de 18 a 60 anos de idade, sem comorbidades. Na segunda etapa, será a vez de pessoas acima de 60 anos, com comorbidades. Na terceira, os testes serão aplicados em milhares de pessoas, com perfis diversificados.

A professora Izabel Florindo explica: “Com mais de 90% de proteção comprovada da vacina na fase pré-clínica, poderemos seguir com os testes em humanos, após a aprovação da Anvisa. Para esses testes, será seguido todo um protocolo, realizando a seleção de pessoas saudáveis, que ainda não tenham tomado outras vacinas contra a Covid-19. Essas pessoas serão convidadas a serem voluntárias nesse primeiro momento”.

Ao final de cada etapa da fase clínica, a Uece deverá submeter os resultados à Anvisa para autorização da continuidade dos testes.

A vacina HH-120-Defenser propõe uma nova forma de uso de um coronavírus aviário atenuado, que está no mercado há décadas e que não causa infecção em seres humanos. “Essa vacina é constituída por uma cepa de coronavírus muito parecida com o SARS- CoV-2, capaz de induzir uma resposta imunológica protetora contra o novo coronavírus. Ela não causa infecções em humanos. Por isso resolvemos usá-la”, esclarece a coordenadora do Laboratório, Izabel Florindo.

Com a possível conclusão da pesquisa desenvolvida pela Uece, o país poderá contar com uma vacina de baixo custo. “Acreditamos que a concentração de vírus vacinal que queremos colocar por dose é suficiente para que em um frasco, que custa R$ 11 no comércio local, seja capaz de fornecer 250 doses. Assim, cada dose custaria R$ 0,044 centavos. Se levarmos em conta que temos 240 milhões de pessoas no Brasil, então seriam necessárias 480 milhões de doses. Isso significa que a imunização de todo o país, com duas doses, custaria pouco mais de R$ 21 milhões. A dose de vacina mais barata comercializada hoje é a CoronaVac, que custa R$ 16 cada dose”, aponta o pesquisador Ney Carvalho.

 

 

Para que o desenvolvimento da vacina tenha continuidade, a Uece buscará apoio financeiro junto aos órgãos vinculados ao Governo do Estado do Ceará, após aprovação da Anvisa.

A equipe de pesquisa conta, ainda, com o docente do Renorbio/Uece, Mauricio Fraga van Tilburg, e contará, durante a fase clínica, com a parceria da UFC e do Labluz/Iprede. O Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular possui, atualmente, o apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Fase clínica deverá ser dividida em três etapas:

  • Na primeira, os testes serão realizados com, aproximadamente, 100 pessoas adultas, de 18 a 60 anos de idade, sem comorbidades.
  • Na segunda etapa, será a vez de pessoas acima de 60 anos, com comorbidades.
  • Na terceira, os testes serão aplicados em milhares de pessoas, com perfis diversificados.

“Com mais de 90% de proteção comprovada da vacina na fase pré-clínica, poderemos seguir com os testes em humanos, após a aprovação da Anvisa. Para esses testes, será seguido todo um protocolo, realizando a seleção de pessoas saudáveis, que ainda não tenham tomado outras vacinas contra a Covid-19. Essas pessoas serão convidadas a serem voluntárias nesse primeiro momento”, explica a professora Izabel Florindo.

Baixo custo de produção

Um dos pontos positivos da HH-120-Defenser é o baixo custo de produção. “Acreditamos que a concentração de vírus vacinal que queremos colocar por dose é suficiente para que em um frasco, que custa R$ 11 no comércio local, seja capaz de fornecer 250 doses. Assim, cada dose custaria R$ 0,044 centavos. Se levarmos em conta que temos 240 milhões de pessoas no Brasil, então seriam necessárias 480 milhões de doses. Isso significa que a imunização de todo o país, com duas doses, custaria pouco mais de R$ 21 milhões. A dose de vacina mais barata comercializada hoje é a CoronaVac, que custa R$ 16 cada dose”, aponta o pesquisador Ney Carvalho.

A Uece informa ainda que a vacina HH-120-Defenser propõe uma nova forma de uso de um coronavírus aviário atenuado, que está no mercado há décadas e que não causa infecção em seres humanos. “Essa vacina é constituída por uma cepa de coronavírus muito parecida com o SARS- CoV-2, capaz de induzir uma resposta imunológica protetora contra o novo coronavírus. Ela não causa infecções em humanos. Por isso resolvemos usá-la”, garante a coordenadora do Laboratório, Izabel Florindo.

A Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra do Estado do Ceará, congratula a Universidade Estadual do Ceará (Uece), Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM) com essa inovadora equipe de pesquisadores laborando para o Bem Comum.

A Escola Superior de Guerra traduz que o Bem Comum  é o Ideal de convivência que, transcendendo à busca do Bem-Estar, permite construir uma sociedade onde todos, e cada um, tenham condições de plena realização de suas potencialidades como pessoa e de conscientização e prática de valores éticos, morais e espirituais.

O Bem Comum tem um sentido próprio que não se confunde com o simples agregar dos bens individuais. É algo que transcende aos interesses, às aspirações e às necessidades individuais e se projeta no todo social, no conjunto dos membros da sociedade e, por conseguinte, pode ser identificado como distinto do bem individual, sem que este tenha de ser suprimido em nome daquele.

Isto não é tarefa exclusiva do governo, mas um compromisso efetivo de todos, incluindo as organizações, grupos, categorias e classes sociais, com vistas ao Bem Comum.

Fonte: UECE, Imagens: Ney Carvalho, G1 Ceará e vídeo TV Brasil

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